Resenha: Battle Royale (Koushun Takami)

20:01:00

Imagine-se sendo obrigado a matar todos os alunos da sua turma. Já imaginou? Bizarro, não? Pois essa é a realidade vivida pelos alunos da turma B. nono ano, escola de ensino fundamental Shiroiwa da província de Kagawa em Battle Royale. ufa!

Tudo começa quando os quarenta e dois estudantes partem para uma excursão, e tudo vai bem, até todos adormecerem de repente. Quando acordam se deparam com uma coleira presa em seus pescoços e um general lhes dizendo que sua turma foi escolhida para participar de um massacre intitulado 'O programa' deste ano, e que as coleiras que todos usam é um rastreador que pode explodir a qualquer momento caso eles desobedeçam alguma regra do jogo. Todos recebem um kit de sobrevivência, que contém um mapa, uma garrafa com água, comida,e uma arma que pode ir de uma metralhadora a um garfo, e assim eles são jogados em uma ilha, mas não antes de escreverem em uma folha de papel ''Nós vamos nos matar uns aos outros", e se eu não matar serei morto.


''Devia ser um simples caso de cansaço aliado ao choque de testemunhar a morte de um amigo próximo levando um pensamento oculto no fundo da mente a aflorar de súbito em seu rosto. Mas brotou justamente à superfície porque estava lá desde o início.''


A ilha é divida em quadrantes, e cada quadrante em certa altura do jogo vira proibido, então aquela historinha de ''Vou me esconder em algum lugar e ficar quieto deixando as pessoas se matarem'' no jogo não cola, pois se o quadrante onde você estiver virar proibido você é obrigado a se movimentar ou aquela coleirinha ali de cima, explode. E se em 24hrs ninguém morrer todos os alunos morrem explodidos pela coleira, o que é muito bem pensado porque assim obriga as pessoas a se matarem por sobrevivência!

''E não se tratava simplesmente de serem mortos: os estudantes deviam se matar uns aos outros até que restasse uma única cadeira. Sim, esse era o pior jogo de dança das cadeiras de toda a história.''


Sabe o que é você pegar um livro, começar a ler e não ter a miníma noção do fim que a história irá ter? Então, isso aconteceu comigo e Battle Royale, quanto mais eu lia as páginas menos noção eu tinha do final que ia se aproximando. Chegou um certo ponto que eu disse pra mim mesma que todos ali iriam morrer e esse seria o final, juro! Em um capitulo eu super me apegava a um personagem no próximo: Morreu! Assim funciona as coisas no livro minha gente... Uma coisa que acho legal de comentar é que todos os nomes no livro são japoneses tipo: Shuya, Noriko, Yoshitoki para quem não está acostumado a nomes japoneses não fique preocupado normalmente na frente do nome da pessoa sempre fica as premissas 'a' ou 'o' fulano, que ajuda a identificar o sexo do personagem. O livro é escrito em terceira pessoa o que nos ajuda a saber o ponto de vista de cada personagem, até mesmo dos chefões do governo, então mesmo amando um personagem você acaba pegando amor por outros e intendendo os seus atos dentro do jogo.

Eu conheci esse livro no skoob (alias quem quiser me adicionar lá, click aqui), e depois de um tempo quando respondi uma tag chamada redes sociais aqui no blog, e indiquei a Úrsula do Poison Books para também responder a Tag e ela incluiu ele em uma de suas respostas  e disse super bem do livro, daí em diante fiquei louca para lê-lo e foi uma das leituras mais incríveis e devastadoras da vida! Então o que eu posso dizer é, leiam sem medo porque o livro é incrível, pode ser grande mas a leitura flui tão leve que os números das páginas poderiam até ser multiplicados sem nenhum problema!

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4 comentários

  1. Ano passado quase comprei esse livro na bienal do livro, estava uma suuuuuper promoção mas acabei não levando. Agora me bateu um arrependimento master de não ter comprado hahahahha
    Beeeeeijos
    http://veludoturquesa.blogspot.com.br/

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    1. Ah que pena Yasmin, mas na próxima oportunidade compre sem medo. É uma leitura ótima!

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  2. Admito: Sou fascinada por distopias. Muuuito mesmo. Mas não sei o que pensar desse livro em especial.
    Gostei da sinopse e achei um tipo de Maze Runner sem a complexidade de ser pessoas que esqueceram como é ser adolescentes, diferente desse livro, que parece se tratar apenas disso. Adicionei na minha lista de 'quero ler'.

    Bjs Fran, de uma seguidora!
    http://imperfeicaoliteraria.blogspot.com.br/

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    1. Barb nesse livro os alunos são retirados de uma hora para outra, da sua zona de conforto, o que significa que alguns dramas os acompanham para a ilha, como amores mal resolvidos, brigas que aconteceram antes enfim... Então sim eles lembram que são adolescentes mas ainda assim são obrigados a passar por coisas que nem mesmo um adulto já passou!

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